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Vasco Graça Moura, Quetzal Editores
Catarina foi contar à Francisca, que a Adélia, a empregada lá de casa, lhe revelara que tinha no sótão, escondidas, umas botas mágicas. As botas pertenciam ao pai, que fora sargento e bailarino, e que só as calçava nas noites de Santo Antão, São Pedro e São João. As botas estavam sujas mas, se fossem verdadeiramente bem limpas, uma vez calçadas, ensinavam a dançar. A partir de algumas das famosas telas de Paula Rego, Vasco Graça Moura constrói uma narrativa dentro espírito e do imaginário da pintora.